Imobiliário reforça atratividade face a outras classes de investimento

4 de Maio, 2016

Imobiliário reforça atratividade
O imobiliário tem vindo a mostrar-se, de acordo com este índice anual do investimento imobiliário em Portugal, como uma das classes de investimento mais estáveis ao longo dos anos e, de acordo com Luís Francisco, Senior Associate da MSCI, na comparação com outro tipo de ativos, é “bastante atrativa” e apresenta “uma performance muito robusta”.
O retorno que os imóveis geraram em 2015 no nosso país (12,1%) é apenas superado pelos 13,5% devolvidos pelas ações, mas na comparação dos resultados em prazos mais alargados, o imobiliário mostra-se bastante mais atrativo. A dez anos, o investimento em imóveis no nosso país gera um retorno de 5,2% aos investidores, enquanto que a cinco anos esse retorno é de 4,3% e a três anos é de 6,7%. No caso das ações, os retornos gerados em qualquer um dos prazos ficam em terreno negativo, com perdas de 3,3% a dez anos, 6,3% a cinco anos e 4,7% a três anos. Já face às obrigações (5,1%), o retorno dos imóveis em 2015 é superior e nos prazos anualizados, ainda que fique abaixo, revela uma linha de estabilidade (nos prazos anualizados a 3,5 e 10 anos, as obrigações apresentam retornos que variam entre 6,7% e 16,7%.).
Não será de estranhar, por isso, que “o imobiliário parece ser a classe de investimento preferida atualmente a nível global, e especialmente nos mercados europeus”, comentou Malcom Hunt, Executive Director da MSCI. De acordo com dados apresentados por este responsável, o retorno do imobiliário a nível global (medido pelo IPD Global Property Fund Index – dados anualizados a setembro de 2015), os imóveis devolviam 13,4% aos investidores a um ano, enquanto as ações apresentam perdas de 0,2% e as obrigações ganhos de 4,8%. A três e cinco anos, o retorno dos imóveis está acima dos 11%.
Retorno em Portugal entre os mais elevados
De acordo com os dados já apurados no universo de 32 países analisados, Portugal está entre os países que geraram retornos mais elevados em 2015. Dos 21 mercados onde já são conhecidos dados, apenas 9 apresentam retornos da dois dígitos, com o nosso país a registar o sétimo melhor retorno , ex-aequeo com os EUA. O grande destaque vai para a Irlanda, onde se reporta um retorno de 25% no imobiliário em 2015, extremo que compara com os 4,2% registados em Itália, até agora o país onde os retornos são menos expressivos.
Regresso a dois dígitos após sete anos
Os retornos proporcionados pelo imobiliário português voltaram aos dois dígitos em 2015, após sete anos em que os retornos chegaram a tocar mínimos de 0,2% em 2009 e atingiram o máximo de 7,1% em 2014. O nível registado em 2015 (12,1%) alinha com os retornos de 2006 e 2007 e foi apenas superado pelos anos de 2001 e 2002, que registaram retornos acima dos 13%. Este são dados do Índice Anual de Investimento Imobiliário IPD Portugal /MSCI, que revela ainda que, em 16 anos de índice, o retorno médio proporcionado pelo imobiliário foi de 7,5%.
À semelhança do que aconteceu quase sempre e desde que o retorno do imobiliário é medido em Portugal, o retalho foi o segmento que proporcionou retornos mais elevados (16,9%) em 2015 e é um dos alvos preferidos dos investidores especialmente estrangeiros. Nos escritórios o retorno foi de 5,9%, no residencial 5,6% e outras classes de imóveis 4,2%, números que compensaram o recuo de 10,2% sentido no segmento industrial. No final de 2015, este índice agregava em Portugal 514 imóveis, com um valor de 6,2 mil milhões de euros.
Fonte: http://imobiliario.publico.pt/
 

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