Um dos fatores que influencia fortemente o sabor do vinho são as castas que o compõem e que lhe transmitem um carácter único.
Em Portugal existem quase 300 castas autóctones de Vitis vinífera, entre brancas e tintas, que permitem produzir uma grande diversidade de vinhos com personalidades muito distintas.
Entre as principais castas nacionais tintas encontram-se o Touriga Nacional com um aroma característico a violetas, bergamotas, frutos silvestres e esteva e algumas notas a caruma de pinheiro; a Baga que é uma casta vigorosa, com cachos de bagos pequenos, de maturação tardia, responsável pelos melhores vinhos da Bairrada; o Castelão que predomina a sul do Tejo e tem uma forte acidez, aroma a cereja e a groselha; o Touriga Franca que tem um aroma a rosas, frutos silvestres e cereja preta, muito equilibrado e sofisticado e que dá origem a vinhos como o Douro Tinto Reserva Edl e finalmente o Trincadeira que apresenta um aroma a frutos silvestres e algumas notas vegetais como é o caso do Vinho Regional Alentejano Tinto Reserva.
Entre as castas brancas portuguesas destacam-se o Alvarinho, uma das variedades portuguesas mais admiráveis, originária do noroeste peninsular e responsável pelo vinho com o mesmo nome; o Loureiro da região dos vinhos verdes no rio Lima, com um aroma proeminente a louro, responsável pelo Vinho Verde Loureiro Branco; o Arinto, com uma acidez elevada e um aroma intenso a frutos tropicais, típico dos vinhos alentejanos brancos; o Encruzado, presente apenas no Dão, uma casta de qualidade irrepreensível, proporcionando vinhos sérios e estruturados; o Fernão Pires, com aroma a Moscatel e algumas notas de rosas e líchias, típico do vinho de Setúbal; o Moscatel, aromático também de Setúbal e finalmente o Malvasia Fina, presente no interior norte de Portugal, que gera vinhos discretos e pouco intensos.
Artigo produzido em parceria entre Bestguide e Porta da Frente