O investimento estrangeiro em Portugal, que bateu o recorde em 2018 rondando os 3,5 mil milhões de euros, segundo a consultora CBRE, manteve-se alto em 2019, embora com valores mais moderados, a rondar os 2,5 a 3 mil milhões de euros, e prevê-se que se mantenha alto no primeiro trimestre deste ano.
Segundo estimativas do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) no 1º semestre de 2019 o investimento estrangeiro representou cerca de 16% do total das transações. Em termos de tipo de clientes, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, os franceses são os estrangeiros que mais têm investido em compra de imóveis em Portugal, com uma representatividade de 21%. Essa tendência deverá manter-se e acentuar-se com a diversificação deste investimento em zonas de menor densidade populacional. A seguir aos clientes franceses, vêm os investidores do Reino Unido e do Brasil que têm crescido substancialmente, ambos com uma representatividade de 18%. Seguem-se os da Alemanha com 9% e os da China com 7%. A tendência será para não haver grandes alterações nestas posições, apesar das dúvidas que o Brexit ainda levanta no contexto Europeu.
Importa ainda referir que a maior parte do valor destas aquisições por não residentes concentram-se na área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, dados do INE, 39,5% e 35,9% respetivamente. Foi também na Área Metropolitana de Lisboa que o valor médio destas aquisições foi mais elevado (322,5 mil euros). No entanto, e apesar da maior procura nestas duas zonas e também na Área Metropolitana do Porto, a verdade é que os clientes internacionais estão a descobrir e a interessar-se por outros destinos no País, como Setúbal, a região do Oeste, Coimbra, entre outros.
Artigo produzido em parceria entre Bestguide e Porta da Frente