O valor médio de cada compra nas lojas da avenida mais cara do país é 1.350 euros. Pelo menos 15 multinacionais de luxo já estão em contacto com consultoras imobiliárias.
São mais de duas dezenas as marcas que aguardam espaço para abrir uma loja na Avenida da Liberdade e, destas, pelo menos 15 são multinacionais de luxo. Os dados, a que o Diário Económico teve acesso através de várias consultoras imobiliária, revelam ainda que o valor médio de cada compra nas lojas da avenida mais cara do país ronda os 1.350 euros.
Os grandes responsáveis por este consumo são os estrangeiros, com angolanos (ainda que a perder peso) e chineses na primeira linha, seguidos pelos russos e ainda por brasileiros e franceses.
O mercado do luxo em Portugal foi impulsionado, nos últimos anos, pela política dos vistos gold, que visa atrair investimento estrangeiro em troca de autorizações de residência. Nalgumas lojas da avenida, esta medida levou a um aumento de 60% a 70% das vendas, garante Nuno Duarte Lopes, CEO da Luxury Network, uma consultora que se dedica estabelecer parcerias e eventos para marcas de luxo. “Alguns clientes chineses chegam a gastar 100 mil euros num dia numa loja de relógios. Vêm com o cartão e sabem o que vão comprar”, conta.
Outro factor que contribui para a dinâmica deste mercado é o turismo. “O turista é um dos maiores consumidores do luxo e é preciso aproveitar que Portugal está na moda”, acrescenta o consultor.
A procura de lojas na Avenida da Liberdade cresceu no últimos anos em paralelo com a afluência destes consumidores. Grandes marcas internacionais de luxo, entre elas Prada, Louis Vuitton, Guess ou Michael Kors, já passaram por esta lista de espera para conseguirem um espaço privilegiado naquela artéria da cidade.
O último levantamento realizado pela Cushman & Wakefield, contabilizou 70 novas lojas no centro de Lisboa em dois anos, tendo em conta as zonas da Avenida da Liberdade, Chiado, Baixa, Restauradores e Rossio.
Neste “pentágono” estratégico existe, de acordo com a C&W, um total de 298 lojas e 170 restaurantes, que ocupam um total de 96 mil metros quadrados. Entre o Rossio e os Restauradores situam-se sobretudo estabelecimentos de restauração, enquanto as lojas de vestuário e acessórios escolhem preferencialmente a Avenida. Omesmo levantamento indica também que 73% das marcas presentes na Avenida da Liberdade são internacionais.
Fonte: DE
Avenida da Liberdade está cada vez mais na moda
23 de Julho, 2015
PUBLICAÇÕES RECENTES NO INSTAGRAM: