A carga fiscal no setor imobiliário não parece estar, pelo menos para já, a afugentar os investidores estrangeiros, que continuam a olhar para Portugal como um bom país para investir. Ainda assim, é necessário ter um ambiente fiscal estável e transparente para que a captação de investimento imobiliário estrangeiro continue a crescer. Esta foi uma das conclusões a retirar do Portugal Real Estate Summit, o maior encontro de investidores imobiliários internacionais já realizado no país.
Certo é que o país, nomeadamente as regiões de Lisboa, Porto e Algarve, continua a estar nas bocas do mundo pelos bons motivos. Em março, por exemplo, escrevemos que a febre dos estrangeiros atraídos por benefícios fiscais em Portugal continuava em alta. No mês seguinte foi notícia o facto do investimento imobiliário via vistos gold ter atingido um valor recorde. Já a meio do ano soube-se que o programa rendeu desde 2012 mais de 2,2 mil milhões de euros de investimento. Um cenário que mudou, entretanto, no final do ano.
Sendo Portugal um destino que está na moda, foram várias as personalidades mediáticas que optaram por comprar casa em Portugal, como por exemplo o antigo futebolista Eric Cantona, o designer francês Christian Louboutin, a atriz italiana Monica Belluci e muitos famosos brasileiros.
Um dos melhores países para investir em imobiliário
A boa imagem do país teve repercussões além fronteiras, tendo Portugal sido considerado um dos melhores países para investir em imobiliário, segundo o relatório “2015 Global Residence and Citizenship Programs (GRCP)”. E mais: foi eleito dois meses seguidos pelo TheMoveChannel, o principal site independente de imobiliário internacional, o terceiro melhor país para investir no setor.
Não espantou, por isso, o facto de haver interessados de todos os cantos do mundo no imobiliário português: desde o magnata chinês David Chow, que pretende investir 250 milhões de euros em Setúbal, à filha de Amâncio Ortega, o homem mais rico de Espanha e um dos mais ricos do mundo, que vai apostar forte em Tróia.
Igualmente interessante é o facto de começar a haver também cada vez mais italianos a “pescar o olho” ao imobiliário nacional. Já os britânicos, após o Brexit, também começam a olhar de forma diferente para as “casas portuguesas”. Uma coisa é certa, continua a ser um dos destinos preferidos dos milionários para comprarem casas de luxo. Falamos, regra geral, de imóveis de design com piscina e vistas desafogadas, entre outros pormenores, que custam mais que os valores praticados em média no mercado.
Fonte: www.idealista.pt