A partir do ano 2014 Portugal começou a recuperar da fase menos boa por que passou, derivada da crise financeira internacional em 2008, seguida de uma crise na economia portuguesa e de um pedido de ajuda internacional ao FMI.
A recuperação da economia ficou-se a dever não só à aplicação de medidas de austeridade mas também à adoção de medidas importantes, por parte do governo, para atrair o investimento estrangeiro, como o título de residente não habitual e os golden visa. Se por um lado a primeira medida oferece benefícios fiscais que abrangem um período de dez anos, durante o qual as pensões são isentas de impostos; os golden visa, exigem um investimento base previsto na lei que, por sua vez, permite aos investidores internacionais não pertencentes à União Europeia obterem uma autorização de residência permanente em Portugal e a possibilidade de viajar livremente no espaço Schengen.
As medidas tomadas foram uma alavanca importante para o investimento e crescimento imobiliário e para o boom expressivo do turismo em Portugal. Dados do Instituto Nacional de Estatísticamostram que, em 2018, 8,2% dos imóveis transacionados em Portugal foram vendidos a não residentes, correspondendo a 13% do valor total transacionado. O crescimento na venda de imóveis a não residentes foi na ordem dos 14,5% em número e 22,2% em valor. Estima-se também que, só em 2018, o VAB gerado pelo turismo tenha crescido 8,0% em termos nominais, após um aumento de 17,3% em 2017, atingindo 8,0% do VAB da economia nacional.
Artigo em parceria entre Bestguide e Porta da Frente