Porta da Frente/Christie's em entrevista no Jornal Expresso

26 de Outubro, 2015

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Casas de luxo vendidas em tempo recorde

Porta da Frente, liderada por Rafael Ascenso, fala de uma “autêntica revolução no mercado”
O mercado do imobiliário de luxo continua em alta em Lisboa e na linha de Cascais, com os portugueses a regressarem ‘às compras’ mas ainda a representarem uma fatia minoritária do bolo final onde os estrangeiros se impõem de forma significativa.
A Porta da Frente, especializada neste segmento mais alto, vendeu num ano, num ritmo médio de um por mês, todos os apartamentos do ‘Grande Hotel’, edifício de luxo no Monte Estoril, uma reabilitação do antigo Grande Hotel Monte Estoril, datado de 1898.
“Vendemos os 13 apartamentos a suecos, sul-africanos, um inglês, um português e vários a brasileiros que estão cada vez mais presentes em Portugal”, especifica Rafael Ascenso, administrador da Porta da Frente/ Christie’s, sublinhando que a comercialização ficou fechada um ano antes da conclusão da obra, prevista só para meados de 2016.
O cenário repete-se na Avenida da Liberdade, que concentra neste momento o m2 mais alto do país, com valores que podem chegar aos €8000. Também aqui não faltam clientes para apartamentos que podem chegar aos €2,5 milhões e o que está a ser colocado no mercado, ainda em planta, é rapidamente escoado.
Foi o que aconteceu com o empreendimento Opera, ao lado do edifício da Cartier, na Avenida da Liberdade, o primeiro destinado a habitação residencial nesta artéria e que foi rapidamente vendido a uma maioria de estrangeiros (com os brasileiros à cabeça), muito antes do término da obra.
Longe dos anos de crise quando a venda em planta caiu a pique, agora os projetos multiplicam- se criando uma “autêntica revolução no mercado”, assegura Rafael Ascenso.
Só na Avenida da Liberdade, a Porta da Frente vendeu nos últimos dois anos 37 apartamentos de um total de 68 distribuídos por quatro imóveis. E os mais caros, os de 2,5 milhões, foram os primeiros a ser vendidos. A oferta atualmente disponível varia entre os 625 mil e os €1,85 milhões.
Mas a dinâmica não se restringe à avenida. Com uma carteira de 1500 imóveis, 720 dos quais em Lisboa, a imobiliária tem estado ativa nas Avenidas Novas, Baixa, Chiado e Rua Castilho, zonas também com bastante procura junto do segmento alto.
O reflexo de toda esta movimentação vê-se nos resultados da imobiliária. Nos primeiros nove meses deste ano a faturação foi de €4,4 milhões, um aumento de 80% quando comparado com o mesmo período do ano passado e 286% em relação a 2013.
Portugueses a comprar
Os portugueses representam entre 28% e 30% dos resultados da empresa. “Mas é um peso que subiu bastante. No ano passado estávamos em cerca de 23% e no ano anterior ainda menos, na ordem dos 20%.
Estou a falar não do número de vendas de imóveis, mas em termos de valor despendido”.
Nos restantes 70% que absorvem os estrangeiros, é significativo o peso dos brasileiros. “Nós nunca trabalhámos muito com os chineses, sempre nos afastamos um pouco das questões das emigrações e das agências de emigração. Concentrámo-nos essencialmente nos brasileiros, que hoje representam entre 35% e 38% das nossas vendas.
Temos feito muitas ações lá, uns sete eventos só este ano no Rio, São Paulo, Brasília, Porto Alegre. Mas é algo que fazemos desde há três anos e meio, daí estes resultados. Também temos muitos clientes franceses, sul-africanos e uma série de outras nacionalidades onde se destacam, por exemplo, os suecos”.
A questão fiscal é cada vez mais importante na opção por Portugal, apesar de o clima, o ambiente de segurança e
a qualidade de vida que aqui conseguem obter serem também fatores de peso na hora da decisão.
“Neste momento, a questão mais importante para eles é a fiscal. O facto de não termos imposto sucessório em Portugal é importante porque em Miami, por exemplo, um destino com muita procura entre os brasileiros, o imposto sucessório é muito forte, são mais de 40%. Eles têm de constituir empresas para adquirirem os imóveis e evitarem o imposto sucessório.
Em Portugal isso não acontece e espero que assim continue. Os impostos que se pagam aqui são para eles perfeitamente aceitáveis”, aponta o responsável.
O preço baixo do m2, a compatibilidade linguística e a facilidade de deslocação — “existem neste momento 84 voos
semanais para 12 destinos no Brasil” — são outros requisitos
relevantes para os brasileiros.
Fonte: Expresso
24 de Outubro de 2015

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