Para os ‘chefs’ portugueses, a realização da cerimónia de apresentação do Guia Michelin da Península Ibérica pela primeira vez em Portugal, no 10.º aniversário da gala, significa um reconhecimento do país como “destino gastronómico”.
José Avillez, Henrique Sá Pessoa, Miguel Laffan, Rui Paula e Rui Silvestre repetem a palavra “vitória” quando questionados pela agência Lusa, num evento em Nova Iorque, sobre qual é a importância desta gala, que decorre no dia 21 de novembro no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
Henrique Sá Pessoa, ‘chef’ do Alma (uma estrela Michelin, em Lisboa), comentou que “finalmente se faz um grande evento gastronómico em Lisboa”, o que representa uma “grande vitória para todos”. Sá Pessoa afirma que o reconhecimento do Guia Michelin afeta positivamente a exposição do restaurante premiado, mas não deve interferir na maneira de trabalho.
José Avillez, coordenador da gala em Portugal e detentor de duas estrelas no restaurante Belcanto (Lisboa), acredita que “Portugal está na boca do mundo” e a apresentação no país “é para consolidar Portugal como um destino gastronómico”. José Avillez é o único ‘chef’ que conseguiu duas estrelas em Lisboa e diz que a terceira estrela, para qualquer restaurante português, é “muito bem-vinda”, uma vez que não há qualquer estabelecimento com a distinção máxima em Portugal.
“Muita coisa que faço da minha vida profissional hoje é muito mais pelo país e menos por mim”, acrescenta Avillez.
Atualmente, existem em Portugal 23 restaurantes distinguidos no guia ibérico da Michelin, dos quais cinco detêm duas estrelas e 18 têm uma estrela. Nas últimas edições, o evento recebeu cerca de 500 convidados de Portugal e Espanha, entre empresários e chefes de cozinha, além de mais de 100 órgãos de comunicação social dos dois países.
Fonte: Agência Lusa