O projeto tem como objetivo requalificar a zona ribeirinha entre Pedrouços e Cruz Quebrada, uma área há muito esquecida.
A zona mais ocidental de Lisboa, onde outrora funcionavam os armazéns da Docapesca, vai ser requalificada e inclusivamente já é apelidada de “nova Expo”. O intuito é revitalizar uma área “abandonada há décadas”, como lembrou a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na apresentação do projeto do “Campus do Mar”. O investimento é de 300 milhões de euros, a maior parte de iniciativa privada.
A zona ribeirinha será requalificada com espaços verdes e pretende-se que seja uma área de circulação de transportes sustentáveis – está a ser equacionada a criação de uma zona de estacionamento para libertar o espaço de carros e devolver às pessoas a frente de mar. Também o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, considerou que este é “um projeto de profunda ligação da terra com o mar, de devolução às pessoas de um espaço que hoje se encontra fechado”, já que contempla “amplas zonas de fruição pública”.
O “Campus do Mar” é um projeto que acolhe 64 hectares de área de intervenção e que pretende posicionar Portugal num “espaço de referência no contexto internacional nos domínios das ciências marítimas e marinhas e à economia azul”, realçou Ana Paula Vitorino. O Campus do Mar, ou “Ocean Campus”, é um campus de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I) internacional de atividades ligadas ao mar e que visa “agregar, sob a temática do mar, vários organismos, serviços e instituições públicas, polos universitários, laboratórios de investigação, unidades âncora para desenvolvimento de novos modelos de relacionamento”.
O projeto está dividido em três fases de implementação, sendo que na primeira, até 2022, será investido um total de 118 milhões de euros na Marina de Pedrouços, num espaço para instalação de empresas, na criação de um ‘Ocean Lab’, na construção de residências temporárias para investigadores, restauração, entre outros
Fonte: Jornal de Notícias